sexta-feira, 7 de maio de 2010

REFÉNS, OUTRA VEZ

Floripa, a cidade mais querida do Brasil...diz o slogan da prefeitura da capital catarinense...pode até ser. Sim, quem não mora aqui, só vem pra passar férias e alguns dias de folga, pode até achar a cidade uma fofura. Mas aí eu faço a estas pessoas o desafio de morar aqui, e não me venham os defensores hipócritas criticarem antes de ler este post inteiro.
Florianópolis é linda sim e ponto final. Só. Não temos mais nada. Lazer...zero. Sim, senhor! Fora as praias em tempos de calor,e os shoppings, respondam-me o que mais temos de lazer aqui, hein?? Estrutura...temos quase nada. Falta muita coisa. O trânsito é quase inviável para uma cidade do porte desta capital. O número de carros é absurdo e, sinceramente, não existe alternativa! Aqui em casa, por exemplo, cada um tem seu carro pois, pra chegarmos a nossos destinos sem ser desta forma, nos horários previstos, seria impossível. O transporte coletivo é insuficiente, caro, e transforma uma população inteira refém.
Aí, esta semana, anunciam reajuste nas passagens de ônibus. E aqui, falo na previsibilidade desta cidade proviciana. Ontem à noite, após o anúncio dos novos valores das passagens, eu e meu pai ainda brincamos...Ihhh, amanhã já começa o movimento Passe Livre. Já sabíamos o que estava por vir.
Gente, dito e feito. Hoje, os "estudantes"j á estavam nas ruas protestando. Logo mais, deve ter tentativa de interdição das pontes que ligam a ilha ao continente, na sequência, confusão entre manifestantes e policiais...É sempre assim, todo ano a mesma coisa.
Paciência tem limite! A população de Florianópolis virou refém de qualquer situação que aconteça aqui. Tudo é motivo pra trancar trânsito, impedir que exerçamos um Direito Constitucional. Que saco!
E esta é a capital mais querida do Brasil!
Pronto, falei!

PS: Vale dizer que nasci em Florianópolis, vivi minha vida inteira aqui. Já presenciei várias realidades nesta cidade. Não me identifico pessoalmente com ela, porque sou urbana demais e não vou à praia. Mas como natural daqui, hoje, não a reconheço.

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