Eu sempre digo: se a vida vai indo, é melhor que parada, ou que andando pra trás. E é verdade. Analisando desta forma, é verdade, SIM.
Mas quando a gente passa por problemas, mesmo que pequenos aos olhos dos outros, na vida, pra gente, são problemas, nossos problemas. Devemos respeitá-los, enfrentá-los, da nossa maneira. Procurar ajuda, sim, claro, da nossa maneira. Ter pessoas com as quais contar é imprescindível. Família, amigos...eles são importantes. Mas o fundamental é acreditar em si.
Há alguns meses estou afastada do meu trabalho por razões médicas. O estresse me consumiu, me transformou numa pessoa que não sou. Fiquei mesquinha, egoísta, de repente, depois de uma punhalada, parei e não me reconheci no espelho. Foi hora de buscar ajuda médica e sair de cena. Neste período, as terapias médica e allternativa, me ajudaram. Tentei lidar com a situação apenas me afastando dos problemas.
Só que, um detalhe, me passou despercebido. Não me bastam os medicamentos, o apoio de todos, as terapias...eu preciso acreditar em mim, que eu sou capaz de voltar a fazer o que fazia, de confiar no meu potencial, que eu posso enfrentar o que me espera sem titubear. Neste momento, sei que ísso não é verdade.
Hoje, a possibilidade de voltar à minha vida normal me aflige, preocupa, me tira noites de sono. Meu medo é encarar a velha Thatiana da qual tenho tentado fugir este tempo todo.
É um processo longo, eu sei. Mas que está há um passo de ser interrompido, caso médicos assim entendam. Preciso respirar fundo e seguir em frente, esperar o que vai acontecer. Desta forma, minha vida vai indo, caminhando...sabe-se lá pra onde, mas vai.
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